Comunidades portuguesas no Mundo

Por uma nova estrutura<br> representativa

O PCP advoga em projecto de lei uma nova estrutura representativa dos portugueses residentes no estrangeiro.

Im­porta co­nhecer bem a re­a­li­dade das co­mu­ni­dades

É a resposta, através de uma solução duradoura, aos actuais desajustamentos entre o actual quadro legal e a realidade vivida pelas comunidades portuguesas.
Tendo acolhido os contributos e propostas de muitos compatriotas residentes no estrangeiro, que conhecem bem a realidade social, cultural e política das nossas comunidades espalhadas pelo Mundo, a arquitectura preconizada no diploma comunista tem sobretudo em vista a necessidade de dar corpo a um órgão de consulta do Estado português assente numa representatividade o mais ampla possível. Um órgão, como sublinha a nota preambular do diploma, «que permita conhecer e acompanhar mais de perto a realidade e os inúmeros problemas com que se confrontam as comunidades portugueses no estrangeiro».
O Conselho das Comunidades Portuguesas, criado em 1996, recorde-se, desde muito cedo revelou não corresponder plenamente às necessidades e interesses das nossas comunidades emigrantes, tendo, inclusivamente, vivido um período de impasse e vazio motivado pelo adiar de eleições em 2001 por responsabilidade do então governo do PS.
A nova estrutura agora proposta pelo PCP, tendo em vista uma solução estável e duradoura, mais representativa das comunidades portuguesas no estrangeiro, assenta fundamentalmente nas Comissões Consulares a constituir por membros eleitos, em sufrágio directo e secreto, dos portugueses maiores de 18 anos residentes na respectiva área consular.
Às Comissões Consulares compete, designadamente, nomear os seus representantes na Comissão de Acção Social e Cultural (previstas no Regulamento Consular existente desde 1997 mas que até hoje nunca foram incrementadas), bem como propor ao responsável do posto consular soluções visando a resolução dos problemas da comunidade portuguesa residente na respectiva área.
Previstos, de acordo com o articulado do projecto comunista, são ainda dois outros órgãos: o Conselho de País e o Conselho Mundial.
No primeiro caso, é composto por todos os membros eleitos para as Comissões Consulares, reunindo, ordinariamente, uma vez por ano. Compete-lhe representar a comunidade junto das entidades oficiais portuguesas, cabendo-lhe ainda estudar e emitir pareceres sobre os problemas que afectam os portugueses residentes nesse país. O Conselho de País elege também os seus representantes ao Conselho Mundial.
O Conselho Mundial, por seu turno, é composto por membros eleitos pelo Conselho de País, numa relação proporcional ao número total de eleitores inscritos no respectivos país.
Devendo reunir cada dois anos, o Conselho Mundial, na primeira reunião, elege o Conselho Permanente que poderá ser constituído por nove a quinze membros que elegem entre si uma copresidência com quatro membros provenientes da Europa, América do Norte, América do Sul e Central, e, alternadamente, um de África ou da Ásia e Oceânia.


Mais artigos de: Assembleia da República

Direitos espezinhados

É um quadro preocupante o que se vive no distrito de Braga em matéria laboral. Com o clima de impunidade e a lei do mais forte a prevalecer, não admira que se sucedam as violações e ataques aos direitos dos trabalhadores.

Em defesa dos postos de trabalho

Na Carvalho & Pinheiro, a Lei e os direitos dos trabalhadores continuam a ser vistos como letra morta. É essa a realidade desde que a administração daquela empresa de vestuário para marcas com grande implantação e prestígio no mercado desencadeou um processo de despedimento dos seus 41 trabalhadores.Estes, como o Avante!...

Resistir às ameaças

Ao arrepio das leis laborais está a actuar também a administração da Corksribas, corticeira de S. Paio de Oleiros. Sem o mínimo fundamento, anunciado pela empresa foi o despedimento de 13 dos seus 89 trabalhadores. A situação é tanto mais estranha quanto é sabido que ainda recentemente esta unidade, agora integrada no...

Em defesa da saúde e do ambiente

É de absoluta indefesa a situação das populações face à agressão provocada por odores de produtos químicos libertados por unidades industriais. Verdadeiros atentados à saúde pública e ao meio ambiente, passam incólumes devido ao vazio legislativo nesta matéria.Alterar de forma profunda este quadro é o que advoga o Grupo...

Os operadores que paguem!

A taxa municipal de direitos de passagem de redes e serviços de comunicações electrónicas deve ser obrigatoriamente paga pelas empresas operadoras e nunca pelos munícipes. É este princípio que o PCP quer ver consagrado na Lei das Comunicações Electrónicas (Lei N.º 5/2004), acabando assim com a situação que tem vindo a...

Governo não ata nem desata

Os docentes formados no Instituto de Arte, Decoração e Design continuam sem ver resolvida a equiparação das suas habilitações a curso superior.A questão arrasta-se há vários anos, aguardando, designadamente, desde 2002, que o Ministério da Educação termine o estudo relativo à situação daqueles docentes e de outros que...